Um dia comum. Uma
tarde comum. Uma reunião de amigo comum. Tudo era igual. As mesmas conversas de
sempre, os mesmos projetos. Tudo era exatamente igual aos acontecimentos
anteriores. Exceto um. Dessa vez tínhamos um novo visitante. E era você.
Seu olhar tímido
provocava em mim algo inexplicavelmente prazeroso. Algo forte e terno. Gestos
tímidos, meios sorrisos, palavras quase sussurradas, e o olhar. O olhar que
tanto me prendeu em você.
Você conseguia unir tudo ao olhar. E como você se expressava bem através dele. Seu olhar expressava doçura, amabilidade, simplicidade. Era intenso. Quase que penetrante. E isso era o que mais me fascinava.
Você conseguia unir tudo ao olhar. E como você se expressava bem através dele. Seu olhar expressava doçura, amabilidade, simplicidade. Era intenso. Quase que penetrante. E isso era o que mais me fascinava.
Vencendo
naturalmente nossa timidez, começamos a trocar pequenas palavras. As palavras
iniciais denunciavam qualquer sensação. Trêmulas. Sussurradas. Respiração descompassada.
Sua voz era tão doce. Como uma doce melodia feita só para mim.
Depois daquele dia.
Depois das suas amáveis palavras e sorriso encantador. Depois do olhar mais
tímido e fascinador que já vi. Nada. Nada foi igual outra vez. Tudo se fazia
novo a cada olhar, a cada sorriso. Jamais esquecerei aquele dia. Pois, foi
naquele dia em que descobri o quanto um olhar tímido pode ser cativante e que
através dele pode surgir um grande amor.
(Fernanda Muniz)
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